A Dinamarca (em dinamarquês: Danmark, pron. [d̥ænmɑɡ̊], arcaico: [d̥anmɑ ː ɡ̊]) é um país escandinavo da Europa setentrional e membro sênior doReino da Dinamarca. É o mais meridional dos países nórdicos, a sudoeste da Suécia e ao sul da Noruega, delimitado no sul pela Alemanha. As fronteiras da Dinamarca estão no Mar Báltico e no Mar do Norte. O país é composto por uma grande península, a Jutlândia, e muitas ilhas, sobretudo Zelândia (Sjælland),Funen (Fyn), Vendsyssel-Thy, Lolland, Falster e Bornholm, assim como centenas de ilhas menores, muitas vezes referidas como o ArquipélagoDinamarquês. A Dinamarca há muito tempo controla a entrada e a saída do mar Báltico, já que isso só pode acontecer através de três canais, que também são conhecidos como os "Estreitos Dinamarqueses".
A Dinamarca é uma monarquia constitucional com um sistema parlamentar de governo. Possui um governo central e outros locais em 98 municípios. O país é membro da União Europeia desde 1973, embora não tenha aderido ao euro, e um dos membros fundadores da OTAN e da OCDE.
A Dinamarca, com uma economia mista capitalista e um estado de bem-estar social, o país possui o mais alto nível de igualdade de riqueza do mundo. A Dinamarca tem o melhor clima de negócios no mundo, segundo a revista estadunidense Forbes. De 2006 a 2008, pesquisas classificaram a Dinamarca como "o lugar mais feliz do mundo", com base em normas de saúde, assistência social, e educação. O Índice Global da Paz de 2009 classificou a Dinamarca como o segundo país mais pacífico do mundo, depois da Nova Zelândia. A Dinamarca também foi classificada como o país menos corrupto do mundo em 2008, pelo Índice de Percepção de Corrupção, compartilhando o primeiro lugar com a Suécia e a Nova Zelândia.
A língua nacional, o dinamarquês, é próxima do sueco e do norueguês, com os quais compartilha fortes laços históricos e culturais. 82,0% dos habitantes da Dinamarca e 90,3% da etnia dinamarquesa são membros da Igreja Estatal Luterana. Cerca de 9% da população tem nacionalidade estrangeira, uma grande parte deles são provenientes de outros países escandinavos.
A origem de Dinamarca está perdida na pré-história. Sua fortaleza mais velha é datada do século VII, ao mesmo tempo que o novo alfabeto rúnico. A Dinamarca foi unida por Harold Bluetooth (Harald Blåtand) por volta de 980. Após o século XI, os dinamarqueses ficaram conhecidos como Vikings, colonizando, invadindo e negociando em toda a Europa.
Em vários momentos da história, a Dinamarca controlou a Inglaterra, Noruega, Suécia, Islândia, parte das Ilhas Virgens, partes da costa Báltica e o que é agora o norte da Alemanha. Scania era parte da Dinamarca na maior parte de sua história mas foi perdida para a Suécia em 1658. A união com a Noruega foi dissolvida em 1814, quando Noruega entrou em uma nova união com a Suécia (até 1905). O movimento liberal e nacional dinamarquês teve seu momento culminante em 1830, e após as revoluções europeias de 1848, a Dinamarca tornou-se uma monarquia constitucional em 1849. Depois da segunda guerra de Schleswig em 1864, a Dinamarca foi forçada a ceder Schleswig-Holstein à Prússia em uma derrota que deixou marcas profundas na identidade nacional dinamarquesa. Após este ponto, a Dinamarca adoptou uma política de neutralidade, permanecendo neutra na Primeira Guerra Mundial. Em 9 de abril de 1940, a Dinamarca foi invadida pela Alemanha Nazista (operação Weserübung) e permaneceu ocupada durante toda a Segunda Guerra Mundial, apesar de alguma resistência interna. Após a guerra, tornou-se membro da OTAN e, em 1973, da Comunidade Económica Europeia (hoje União Europeia).
A Dinamarca consiste na península da Jutlândia (Jylland) e de 443 ilhas com nome, das quais 76 são habitadas, e entre as quais as mais importantes são Fiónia e a Zelândia (Sjælland). A ilha de Bornholm localiza-se um pouco para leste do resto do país, no mar Báltico. Muitas das ilhas estão ligadas por pontes. A ponte do Øresund liga a Zelândia à Suécia e aponte do Grande Belt liga Fyn à Zelândia.
O país é, em geral, plano e com poucas elevações (os pontos mais elevados são o Møllehøj, o Ejer Baunehøj e o Yding Skovhøj, todos com altitude apenas uns centímetros acima dos 170 m. O clima é temperado, com invernos suaves e verões frescos. As cidades principais são a capital, Copenhague (na Zelândia), Aarhus (na Jutlândia) e Odense (em Fyn)
A maioria da população da Dinamarca é de ascendência escandinava, com pequenos grupos de inuits (provenientes daGronelândia), faroeses e imigrantes. De acordo com as estatísticas oficiais, em 2003 os imigrantes compunham 6,2% do total da população.
O dinamarquês é falado em todo o país, embora um pequeno grupo perto da fronteira alemã também fale alemão.
De acordo com estatísticas oficiais de janeiro de 2002, 84,3% dos dinamarqueses são membros da igreja estatal, a Igreja do Povo da Dinamarca (Den Danske Folkekirke), também conhecida como Igreja da Dinamarca, uma forma de luteranismo. O restante professa predominantemente outras confissõescristãs, e há ainda cerca de 3% de muçulmanos.
Religião na Dinamarca (The ARDA) |
|
Cristianismo |
85,0% |
Agnosticismo |
9,1% |
Islão |
3,7% |
Ateísmo |
1,4% |
Outras crenças |
0,8% |
A Dinamarca divide-se em cinco regiões (regioner, singular region, em dinamarquês) nas quais se distribuem 98 municípios. As regiões foram criadas em 1 de janeiro de 2007 como parte da Reforma Municipal Dinamarquesa de 2007 e substituem os treze antigos condados (amter). Na mesma data, os 270 municípios foram consolidados em 98.
A Groenlândia e as ilhas Faroé integram o Reino da Dinamarca, mas gozam de autonomia e uma grande medida de auto-governo; ambas possuem dois membros, cada, no parlamento dinamarquês.
Capital |
Cidade mais |
População |
Área (km²) |
Densidade pop. |
Hillerød |
Copenhague |
1.636.749 |
2.561 |
639,1 |
Viborg |
Århus |
1.227.428 |
13.053 |
94,0 |
Aalborg |
Aalborg |
576.972 |
8.020 |
71,9 |
Sorø |
Roskilde |
816.118 |
7.273 |
112,2 |
Vejle |
Odense |
1.189.817 |
12.191 |
97,5 |
Copenhague |
Copenhague |
5.447.084 |
43.093 |
126,4 |
O dinamarquês mais conhecido é provavelmente Hans Christian Andersen, um escritor famoso principalmente devido aos seus contos de fadas, como As Roupas Novas do Imperadore O Patinho Feio.